Confira o artigo Geração Nem Nem, de Maria Helena Mauad

Um em cada cinco jovens entre 15 e 29 anos não trabalham ou frequentam a escola. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio de 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 9,6 milhões, o que corresponde a 19,6% dos 48,8 milhões de jovens brasileiros nesta faixa etária. Boa parcela desses jovens são desfamiliarizados, ou seja, não têm uma constituição familiar sólida nem amparo social.

 

Em termos sociais, esse grupo desfamiliarizado é uma verdadeira bomba-relógio, com grande potencial para criminalidade e violência. Principalmente, porque os fatores negativos (nem estuda, nem trabalha, nem procura emprego, não tem família, não tem projeto de vida, etc.) somam-se às questões inter-relacionais (más companhias, uso de drogas, convites ao crime organizado e descontrole pela intensa propaganda pró-consumismo). Dificilmente, esse jovem escapa da criminalidade, se não tiver oportunidade concreta. Pior:a grande maioria torna-se massa de manobra de políticos mal intencionados.

Diferentemente dos países civilizados, de capitalismo evoluído e distributivo (que teriam todos esses jovens dentro da escola), o Brasil não se distingue pela educação de qualidade para todos. Estamos vivendo uma grave crise intergeracional. A cada dia é “roubado” o futuro de uma grande parcela das gerações mais jovens. Quando as esperanças desaparecerem completamente, o risco de eclosão da violência é grande. Seria exagero questionar se a maioria dos Nem Nem é decorrência da falta de saída, melhor estimulada, dos beneficiados pelo Bolsa Família?

Por isso, há 24 anos o Ampliar trabalha para orientar, qualificar e capacitar jovens em situação de risco social. Ao ajudá-los nesta busca por um caminho, Ampliar tem um papel crucial. É preciso qualificá-los e dar-lhes condições para melhorar substancialmente sua vida. Um jovem capacitado estará também melhor preparado para participar da sociedade, exercer seu papel de cidadão e se inserir no mercado formal de trabalho de forma digna.

Felizmente, grande parte da juventude brasileira está sedenta por mudança, com enorme potencial para transformar o País. É nossa obrigação contribuir para que se sinta motivada e visualize o caminho a seguir. Caso contrário, os Nem Nem de hoje serão certamente os profissionais “Des, Des” – desmotivados e despreparados – de amanhã.

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