Embora muito desejada, a conquista do primeiro emprego não costuma ser fácil, e mostra a importância de fatores como a qualificação profissional para essa empreitada.
Apesar de muito esperado, é comum que o momento de buscar o primeiro emprego, signifique uma preocupação a mais para os jovens, sobretudo para aqueles de origem periférica que estão perto de se formar, ou recém-formados no ensino médio.
Isso acontece, porque geralmente o jovem começa a sofrer mais pressão para ajudar com as despesas da casa entre os membros das famílias de baixa renda, representadas pelo percentual de 72,4% da população brasileira, que compõem núcleos familiares com alguma dificuldade para arcar com as despesas mensais, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 do IBGE.
A busca pelo primeiro emprego torna-se então a grande meta pessoal dos jovens com menor ou nenhum poder aquisitivo, tanto para ajudar sua família, quanto na busca de sua própria independência. Mas como tornar esse desafio menos complexo?
A chave principal pode estar na educação profissionalizante, ou seja, além do ensino tradicional que os estudantes têm contato durante quase toda a vida até a conclusão do ensino médio, agregado a um tipo de aprendizado voltado para o mercado de trabalho. No entanto, existem outras dicas valiosas para o ingresso dos jovens no mercado de trabalho. Confira 4 delas e prepare-se!
1. Capacitação profissional: O caminho mais próximo até o primeiro emprego.
Como mencionado anteriormente, um curso profissionalizante ou técnico, é um dos fatores mais importantes para ingressar no mercado, sendo muito valorizado pela maioria das empresas e gestores de talentos. Te coloca um passo à frente da concorrência. Os cursos complementares, como os cursos de idiomas, também são um diferencial no currículo dos jovens que estão procurando pelo primeiro emprego.
Além de conferir mais “peso” aos currículos, o investimento em capacitação profissional é muito visado pelos recrutadores pois pode aumentar os níveis de qualidade, produtividade e vantagem competitiva das companhias.
De acordo com a Associação Comercial de São Paulo, quanto mais conhecimento teórico e técnico tiver o profissional, mais facilidade ele encontrará para desenvolver suas atividades e ainda auxiliar colegas de equipe, compartilhando seu conhecimento.
2. Apresentação pessoal: A sua postura conta muito no momento da entrevista.
Ao contrário do que muitos pensam, a apresentação pessoal tem muito mais a ver com a postura e desenvoltura de quem se apresenta, do que com a aparência física individual.
No momento de uma entrevista, ou da entrega de um currículo, por exemplo, é importante se atentar a alguns pontos como o uso de roupas adequadas para o local de trabalho, bem como um comportamento simpático e humilde para com os demais funcionários da empresa.
Um outro aspecto que deve ser observado durante uma apresentação pessoal, seja ela de curta ou longa duração, como pode acontecer durante diferentes etapas de um processo seletivo, é o uso de uma linguagem formal e respeitosa.
Portanto, evitar gírias, expressões repetitivas (como o famoso “Tipo”), não usar termos desconhecidos é fundamental. E em hipótese alguma, usar palavrões – Além de desrespeitosas, as palavras de baixo calão podem até gerar processos se usadas na comunicação profissional.
3. Soft-Skills: O que são e por que são importantes no mercado de trabalho?
Diferentemente das hard-skills, ou seja, habilidades técnicas que podem ser aprendidas em algum curso, aula prática ou workshop, as soft-skills são aquelas consideradas inerentes aos seres humanos.
Organização, bom relacionamento interpessoal, facilidade de solucionar problemas e criatividade são algumas das soft-skills mais procuradas pelos recrutadores.
Vale a pena ressaltar que embora não possam ser adquiridas por meio de um certificado ou curso, as soft-skills podem ser treinadas e exercitadas em diferentes contextos, como por exemplo, no seu bairro ou na sala de aula.
4. Proatividade x Subordinação: Aprenda a equilibrar as duas habilidades.
Embora pareçam representar conceitos opostos, outras duas habilidades muito importantes para os gestores de RH e supervisores em processos seletivos e entrevistas, são a proatividade e a subordinação.
A proatividade diz respeito à predisposição dos profissionais para executar determinada tarefa, ou sugerir ações que ainda não foram solicitadas, podendo ser definida também como uma competência que impulsiona uma busca por mudanças de maneira espontânea, sem incentivos externos.
Já a subordinação é um termo usado de maneira informal para definir um tipo de relação de trabalho em que ainda há pouca autonomia do profissional mais jovem, ou seja, é necessário que uma das partes siga as tarefas e orientações de maneira receptiva e mais rígida. O que é muito comum no início de uma relação trabalhista, ou na execução de atividades de processo seletivo, por exemplo.
Assim, o equilíbrio entre as duas capacidades se torna imprescindível para quem quer ingressar no mercado de trabalho causando uma boa impressão aos recrutadores e avaliadores.
Além de todas essas dicas, sobretudo para o ingresso no mercado, outros pontos fazem a diferença, como a persistência.
Segundo o comediante, cineasta e músico inglês, Charles Chaplin “A persistência é o caminho do êxito”. Por isso, não desista quando levar o primeiro não ou antes de concluir alguma etapa, como um curso.
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