Empresária defende o “ensinar a pescar”, capacitando, gerando renda e prosperidade
Uma brasileira de valor. Assim podemos definir Maria Helena Mauad, uma das mulheres mais fortes e determinadas que já atuou e atua na área de responsabilidade social do setor da construção civil e do mercado imobiliário. Empresária da área de prestação de serviços, foi pioneira na condução de ações sociais do Ampliar e do Fórum de Ação Social e Cidadania da Construção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Fasc/CBIC).
Pela editoria Personagens da Construção, a CBIC convida os leitores do CBIC Hoje a conhecerem um pouco mais da sua trajetória, pautada em valores como integridade, para perceberem seu esforço em ajudar a sociedade.
Compartilhando sua história, a entidade mostra a jornada de mais uma importante personagem da comunidade da construção, que executou e ainda executa extraordinárias ações para o setor, com atitude altruísta para o bem-estar de profissionais da construção civil e a sociedade como um todo.
Desafios em prol da cidadania e da inclusão social
Constantes foram suas lutas para promover cidadania e inclusão social, ensinando a empreender e a atuar no mercado formal de trabalho.
Defensora do provérbio chinês do filósofo Lao-Tsé: “Dê ao homem um peixe e ele se alimentará por um dia. Ensine um homem a pescar e ele se alimentará por toda a vida”, Maria Helena Mauad sempre teve como foco ensinar a pescar, e não dar o peixe, visando capacitação, geração de renda e prosperidade, como fruto do esforço próprio.
Viúva, mãe de André Mauad e Fernanda Mauad e avó do Guilherme, 7 anos, a empresária conta ao CBIC Hoje que deu início às ações em torno de projetos sociais em 1990, quando tomou posse na Diretoria de Relacionamento Comunitário do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
Em 1991, com apoio do seu companheiro Sergio Mauad, ex-presidente do Secovi-SP, a empresária implantou o Ampliar, presidindo-o por 26 anos. Nesse período, semeou ações de solidariedade, proporcionando a capacitação de adolescentes e jovens de baixa renda, entre 16 e 24 anos. Trabalhou intensamente também na busca da inclusão social de gerações de jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo a possibilidade de profissionalização e de um futuro promissor.
Como não poderia deixar de ser, Mauad continua atuando no setor. Atualmente, preside o Conselho Estratégico do Ampliar. Com 32 anos de existência, o projeto é responsável pela formação de quase 60 mil adolescentes/jovens; emissão de mais de 80 mil certificados e atendimento de 2.240 jovens em 2022.
Em sua avaliação, o projeto encontrou o caminho certo ao oferecer para adolescentes e jovens educação e profissionalização como opção às ruas.
As sementes plantadas foram espalhadas e tiveram alcance nacional. Sua determinação, sensibilidade e trabalho incansável ao longo dos anos levaram ela para a CBIC.
Convidada pelo então presidente Paulo Safady Simão (in memorian), Maria Helena assumiu a presidência do Fasc/CBIC por três gestões consecutivas, de 2005 a 2014.
“Quando Paulo Simão me convidou eu falei que não ia. Ele disse: não quero nem saber, e desligou o telefone”, lembra rindo, completando “fui muito bem recebida pela CBIC, tanto pelo Paulo Simão quanto pelo José Carlos Martins, presidente da entidade. No que pude ajudar, eu fiz”, frisou.
À frente do Fasc criou, em 2007, o Dia Nacional da Construção Social (DNCS), o mais importante evento do setor, voltado à promoção anual de responsabilidade social empresarial. Realizado em agosto, em diferentes localidades do País, o evento reúne empresas, entidades, líderes setoriais, trabalhadores e seus familiares, mostrando o poder de mobilização e o compromisso social da indústria da construção.
De 2007 a 2019, a iniciativa alcançou números expressivos, oferecendo atendimento gratuito aos trabalhadores do setor da construção e seus dependentes nas áreas de educação, saúde, lazer e cidadania, além de atividades recreativas, esportivas e culturais, que somam mais de 4 milhões de atendimentos a quase 900 mil pessoas. Não alcançou mais em razão da pandemia, motivo pelo qual ainda não retornou à sua plena realização presencial.
Outra importante iniciativa conduzida por Mauad à frente do Fasc/CBIC foi o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social, criado em 2005 para fortalecer e estimular o desenvolvimento de ações sociais na indústria da construção e no mercado imobiliário, em diversas áreas como saúde, educação, meio ambiente, lazer e cidadania, criando um mecanismo de reconhecimento dos esforços conjuntos do setor na busca por uma sociedade com melhor qualidade de vida.
À época, Paulo Simão defendia que o prêmio seria um incentivo aos empresários para que se sentissem estimulados a promover ações de responsabilidade social corporativa.
Sob sua gestão, a área de responsabilidade social da CBIC conduziu várias ações direcionadas às mulheres, como a campanha que contou com o quadrinho “As flores do canteiro – Uma história de superação”, realizado pela CBIC, com apoio do Sesi nacional.
Reconhecimento ao trabalho desenvolvido por Mauad na área de responsabilidade social
- 2009 – Prêmio Master Imobiliário, na categoria “Brasileira de Valor”.
- 2014 – Indicada pela Revista Veja no Prêmio Paulistana Nota 10.
- 2018 – Honraria da Câmara Municipal de São Paulo: a Medalha Anchieta e o Certificado de Gratidão e Mérito pelo trabalho social desenvolvido ao longo da vida.
- 2021 e 2016 – Prêmio CBIC de Responsabilidade Social
Além disso, foi responsável pela elaboração de um projeto nacional de educação continuada para funcionários das obras da Construção.
Também ministra palestras em eventos da área imobiliária em vários estados e promove eventos de conscientização de responsabilidade social para empresários.
Fonte: Agência CBIC
cbic.org.br/maria-helena-mauad-uma-brasileira-de-valor/